Insônia: quais as possíveis causas e sintomas

Insônia: quais as possíveis causas e sintomas
06 de Mai, 2021

Ter um sono equilibrado é fundamental para quem desejar uma vida mais saudável. No entanto, uma noite bem dormida é um privilégio de apenas uma parcela da população. Saiba mais sobre os malefícios da insônia para o seu corpo, quais são as suas causas e sintomas


De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), aproximadamente 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia e aproximadamente de 30 a 40% da população sofrerá com problemas do sono em alguma momento da vida. 
 

Quais as causas da insônia 

A insônia é um distúrbio frequentemente associado ao aumento do risco de morte, doenças cardiovasculares, depressão, obesidade, hipertensão, fadiga e ansiedade. Além disso, ela também pode estar associada a traumas psicológicos e psiquiátricos, como consequência de acidentes e experiências traumáticas. 

Os distúrbios do sono possuem níveis e geralmente são classificados como insônia aguda e insônia crônica. A aguda é aquela causada pela dificuldade em se pegar no sono resultada de algum estresse. Já a insônia crônica pode ser causada por diversos fatores. E por isto, ela é considerada pela ABS como um sintoma secundário de outros problemas, cujo tratamento em si não está diretamente ligado a interrupção do sono, mas nas causas que resultam na falta dele. 

Fases da insônia 

A insônia também pode ser classificada como insônia inicial, isto é, aquela que antecede o sono e a insônia do meio da noite, que de alguma forma interrompe o descanso do paciente. Esta, por sua vez, também pode interferir nos índices de sono profundo do paciente. Isto porque quando o corpo humano adormece ele passa por vários estágios do sono. São eles: adormecimento, sono leve, transição ao sono profundo e sono profundo. 


De acordo com a Universidade de Medicina de Minas Gerais (UFMG), o primeiro estágio é marcado pela transição entre estar dormindo e estar acordado, dando aquela sensação de moleza no corpo. Em seguida, vem o sono leve, em que a temperatura e o ritmo cardíaco e respiratório diminuem. 


Já a transição do sono leve para o sono profundo é responsável pela liberação de hormônios ligados ao crescimento e recuperação de células é órgãos. Este estágio é fundamental para a longevidade e manutenção da saúde do corpo humano. 


Quando a pessoa sofre de insônia do meio da noite, ela não tem o ciclo do sono completo. Muitas vezes passando a noite toda apenas no estágio do sono leve, o que pode resultar em cansaço no dia seguinte. Em outros casos, porém, o paciente até chega a pegar no sono profundo, mas por pouquíssimos minutos, o que também é prejudicial para a saúde.  

Como saber se devo procurar ajuda? 

Embora seja um problema comum entre a população, a insônia precisa ser tratada. Deste modo, ao perceber que a dificuldade para dormir se tornou frequente, o melhor a se fazer é procurar por ajuda médica.  Para isto, o ideal é que a pessoa fique atenta aos sintomas, se o seu rendimento no trabalho ou em atividades físicas caiu, se ela já acorda cansada e frequentemente está irritada ou de mau humor.  De acordo com o médico Dráuzio Varella, se em um mês a pessoa dormiu mal 20 noites, trata-se de um caso de insônia crônica

 

Tratamento da insônia

A insônia pode ser tratada com a ajuda de remédios ou terapia. Quem decidirá o que é melhor para o paciente é o médico após identificar as causas da perda de sono. No caso de insônia causada por outras comorbidades como hipertensão, doenças respiratórias etc. O tratamento geralmente acontece pelos cuidados da doença que origina a perda do sono, de modo que a insônia sumirá consequentemente. 
Nos casos do sono perdido por fatores emocionais, por sua vez, pode ser indicado alguns medicamentos para o controle da ansiedade e até antidepressivos aos pacientes. 

Insônia mata? 

São raríssimos os casos de mortalidade causados pela insônia. No entanto, se ela não for tratada e persistir por vários anos pode sim levar o paciente a óbito. A publicação americana “The American Journal of Medicine” publicou um artigo há alguns anos indicando pelo menos 300 óbitos causados em decorrência da insônia. De acordo com o estudo, os pacientes estudados não chegaram a morrer por fadiga extrema causada por não dormirem bem a noite, mas pelos efeitos que a insônia causou em seus corpos. Segundo a pesquisa, com o passar dos anos, pacientes que dormiam mal e sofriam com insônia crônica desenvolveram complicações cardiovasculares, doenças respiratórias e até câncer. 

Saiba como melhorar os hábitos do seu sono 

O tratamento da insônia deve ser indicado por um médico especialista. No entanto, existem algumas mudanças simples no seu hábito que podem te ajudar a prevenir a perda de sono, além de resultar em maior qualidade de vida. São elas: 
- Procure dormir, no máximo, 7 horas por noite;
- Deite-se apenas quando estiver com sono;
- Evite bebidas termogênicas e energéticas, como chás, café, refrigerantes e medicamentos que contenham cafeína pelo menos quatro horas antes do horário em que você costuma se deitar;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas seis horas antes do sono;
- Evite fumar cigarros durante a noite; 
- Não faça refeições pesadas antes de dormir; 
- Evite dormir durante o dia; 
- Faça exercícios físicos até no máximo quatro horas antes do horário de dormir; 
- Tome um banho quente durante a noite, ele ajudará a relaxar e a controlar a temperatura do seu corpo;
- Mantenha os pés aquecidos;
- Invista em um colchão de qualidade .


Colchões velhos e desgastados podem contribuir para a perda de qualidade do sono. De acordo com especialistas, dormir em um colchão inadequado pode resultar em uma série de problemas para a sua saúde, como dores nas costas, desconforto e até impactar a sua respiração.  Por isto, o ideal é e buscar a ajuda de um profissional que te auxilie a encontrar o colchão certo para o seu corpo. 

 


 

 


 

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